Família

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Os 4 dons do ser humano

           A todos os amigos que prestigiaram o evento Mais Família dia 01 de Outubro meu muito obrigada! Foi ótimo ter visto tantos pais e mães de família dedicarem um dia inteiro! (uau) para isso que eu chamo "o melhor negócio da vida - a família!" As palestras foram muito interessantes e dinâmicas e a organização do evento foi impecável! Parabéns a todos!
          Quero aprofundar um pouquinho hoje o aspecto  dos 4 dons do ser humano. O tempo de nossa palestra era curto para nos determos muito em cada aspecto que achávamos importante, mas esse merece especial atenção. Então, você que estava conosco, vai rever alguns conceitos com exemplos, e você que não estava, vai ficar sabendo um pouquinho mais sobre essa ferramenta maravilhosa de crescimento pessoal.
          Há algum tempo decidi não usar uma expressão que para mim soa um pouco à desordem e falta de controle. Estou falando de uma expressão que, com certeza, você já ouviu hoje ou pelo menos uma vez essa semana. Experimente perguntar a alguém, especialmente uma mãe de família como estão as coisas e ela vai responder de pronto: "uma correria!" O fato é que estamos mesmo em Outubro e temos pouco mais de 60 dias para o fim do ano, e aí sim : A CORRERIA! festa, presente, amigo secreto, professor particular, férias, peru, praia, novena, recuperação, cartão de crédito, limite do cheque especial, STRESS... Percebe porque a associação correria X falta de controle?????
         Fazemos muitas coisas e devemos aproveitar o tempo; mas não podemos ser meros espectadores da vida. Temos que ser os protagonistas. E isso não só na nossa própria vida, mas também na educação dos filhos, na nossa cultura familiar. Quantas vezes jogamos nas costas da Sra. Correria as nossas omissões,  faltas de metas, frustrações... Os 4 dons nos ajudam a tomar as rédeas da nossa vida, nos colocam no papel de protagonista do que acontece na nossa vida pessoal e familiar. Mas chega de conversa e vamos a eles:
  •         A auto consciência: habilidade que nos permite distanciar-nos da nossa vida e observá-la. Sabe aquela velha expressão: "caiu a ficha"? Quando a gente vê algo que não está legal e precisa mudar? Mas para que esse dom funcione, precisamos de tempo para observar nossa vida. Precisamos de uns minutos de reflexão diários para "checar a rota" e verificar se está certa ou um pouco desviada.
  •        A consciência: habilidade de avaliar o que descobrimos quando observamos a nós mesmos. Por que eu ajo (ou reajo) de determinada forma? Que influências observo no meu comportamento? Por que não levei a sério aquela determinação que tinha feito a mim mesmo em relação a um assunto pessoal ou familiar: foi preguiça? Comodismo? Falta de coragem? De comprometimento?
  •       A imaginação: habilidade que nos permite visualizar algo totalmente diferente da nossa experiência passada. A imaginação nos ajuda a ser proativos; não é a educação que eu recebi, ou como fulano falou comigo, algum ranço que carrego que determinam meu modo de agir: posso imaginar um agir diferente! Não vou ser refém do passado. Escrevo meu futuro (e o da minha família)  a partir de agora.
  •      A vontade independente: habilidade do poder agir. Através desse dom, o que eu imaginei diferente, eu ponho em prática. Não só tenho capacidade de imaginar um agir diferente, senão que tenho o poder de agir diferente.
      As circunstâncias externas ou passadas podem predispor uma atitude, mas nunca impô-la.  Podemos escolher um comportamento melhor. Somos responsáveis por nós mesmos e nossas atitudes.
      Essas habilidades devem nos fortalecer. Elas participam da nossa natureza humana, mas precisam ser nutridas para crescerem e se tornarem arraigadas no nosso agir. São fontes de desenvolvimento pessoal e nos ajudarão a alcançar a maturidade no nosso relacionamento conosco mesmos e com os outros a começar pela nossa própria família.
      
         

terça-feira, 6 de setembro de 2011

SOBRE A PESSOA E A FAMÍLIA...

"Seu sucesso na vida não será medido pelo dinheiro que ganharem ou o título que obtiverem, mas sim pelo número de pessoas cujas vidas tiverem melhorado devido ao que vocês fizeram." William Sears (no livro Crianças bem resolvidas).

A pessoa humana é, na sua origem, um ser dialogante. Na relação humana não há o "eu" sem o "tu". O homem só é fraco e desvalido. As pessoas tem coisas em comum e que podem ser compartilhados infinitamente sem serem divididos ou diminuídos, ao contrário, aumentam. Esses bens são imateriais e entre eles, a forma mais intensa de compartilhar que existe entre as pessoas é o AMOR. Amar é querer um bem para o outro. Amar é estender-se com o propósito de nutrir o crescimento do outro.

E que lugar melhor que dentro da família para a criança aprender sobre todos esses bens infinitamente compartilhados e nunca diminuídos entre os quais se destaca O AMOR?

No entanto, amar é um verbo; exige uma decisão firme da vontade e um esforço pessoal. Amor e respeito são bens que desejamos para nós mesmos e para nossos filhos. Também desejamos a eles sucesso. Mas devemos desejar e trabalhar para um sucesso que não se meça por dinheiro ou fama. O verdadeiro sucesso se mede pela conquista da verdadeira felicidade.

Creio firmemente que grande parte da felicidade de alguém depende da forma como ela foi educada. Creio também que educar os filhos é uma tarefa indelegável dos pais. Acredito que o lar é a própria extensão da pessoa; é onde ela encontra a si mesma, vive seus sonhos e projeta sua vida, procura a solução de seus problemas e compartilha tudo isso com os que habitam o mesmo lugar. Há, aí, uma fusão de intimidade onde cada um cresce e aprende com o outro.É lá que o ser humano "humaniza-se" e é lá que deve estar a chave para seu sucesso.

Em Outubro teremos a chance de um grande evento para as famílias aqui em Londrina. Vocês já viram, postada nesse blog há algumas semanas atrás, a propaganda do 1o Ciclo de Palestras Mais Família que será realizado dia 01 no Blue Tree. 

Nele apresentaremos algumas qualidades que ajudarão seu filho a ser uma criança "de sucesso".

Teremos também palestrantes da importante Associação Paulista "Ser Família".

Você, pai e mãe atento e ligado no sucesso de seu filho, junte-se a nós e participe. Lembre-se que a família é o melhor negócio!


Um grande abraço,



domingo, 14 de agosto de 2011

Van Gogh, flores e educação...

Sempre me encantaram os quadros de Van Gogh: a escolha de cores, as pinceladas marcadas, a simplicidade da cena, a riqueza dos detalhes... Uma de suas pinturas que mais me agrada é essa ilustrada nesse blog!
Irises me faz pensar em pais, filhos, família, educação.
O contraste e ao mesmo tempo a harmonia das cores me ensinam que a vida em família é contrastante: há modos diferentes de ser, de ver o mundo, de senti-lo; no entanto esse contraste não choca, mas deve ser harmônico: tocamos aqui o aspecto da complementaridade, da flexibilidade, do respeito, do ver o mundo com os olhos do outro.Assim devem ser os pais: carinhosos, porém, firmes; entendendo a diferença que existe entre "autoridade" e "autoritarismo". Os pais não devem transigir com o erro, mas devem ser suporte para os filhos e devem criar oportunidades concretas para que os filhos possam, de acordo com cada fase da sua existência, exercitar sua autonomia.
As diferentes formas e cores das flores soam como um alerta de que os filhos não são iguais, e, por isso mesmo, devem ser criados de forma diversa. A cultura familiar é a mesma, as convicções permanecem, mas a forma de educar cada um deve se adequar ao temperamento, à própria história de cada filho.
Finalmente, a flor branca... Apesar de alguns interpretarem a flor branca que aparece sozinha no quadro como que remetendo à solidão do pintor, na nossa reflexão de hoje fica uma sugestão muito mais otimista: CADA FILHO É UM SER ÚNICO, e assim deve ser visto pelos pais; quer você tenha 2, 5, 8, 10  filhos, ele é único: não é você,  não é o irmão, nem o amiguinho, ou o filho da vizinha... é seu, nascido na sua família, dento da sua cultura familiar com suas crenças, valores e exemplos, mas ele também tem seu próprio temperamento, forma de agir e reagir, de observar a realidade. Assim, o relacionamento que deve brotar é pessoal, um a um. Insisto na idéia de que a educação deve ser personalizada. O que dá certo para um filho, não dá para outro; a forma como se corrige um com bastante eficácia, pode ser totalmente ineficaz para outro.
Irises me ensinou bastante: me ensinou, por exemplo, que a felicidade está em olhar cada membro da família como único, em observar suas necessidades e dons; me ensinou que a beleza e a riqueza estão nas diferenças e que a diversidade, quando bem trabalhada, resulta em uma obra de arte maravilhosa.

Aproveitando a oportunidade, desejo a todos os "papais" um dia muito feliz e que aproveitem para admirar a grande obra que está bem diante de seus olhos: A SUA FAMÍLIA!








sábado, 30 de julho de 2011

Estamos educando nossos filhos o tempo todo!

Uma grande amiga e minha colega na orientação familiar - Gildete Gôngora - sempre diz em suas palestras que enquanto seus filhos iam crescendo (hoje já são adultos), ela tinha sempre muito presente e muito claro que os estava educando a todo o momento: que os estava educando simplesmente quando abria ou fechava uma porta, por exemplo.
Grande verdade se encerra nesse comentário! Estamos SEMPRE educando nossos filhos. Eles nos observam continuamente e observam também nossas reações e ações.
O vídeo que vou compartilhar com vocês me foi enviado por minha irmã - Tatiana. A ela agradeço, pois assim posso enriquecer o blog essa semana compartilhando-o com vocês.
O vídeo fala por si mesmo e dispensa qualquer apresentação. É fantástico e verdadeiro. Espero que gostem e comentem o impacto dele em sua crença sobre o que é ser mãe, o que é ser pai, o que é ser educador!

Abraços!




domingo, 10 de julho de 2011

PARA REFLETIR

Quem sou eu?

Sou sua companhia constante.
Sou seu maior ajudante ou seu mais pesado fardo.
Eu o conduzirei ao sucesso ou o levarei ao fracasso.
Estou completamente a seu dispor e sob suas ordens.
A maioria das coisas que precisar fazer pode passá-las para mim,
porque estarei apto a fazê-las rapida e corretamente.

É fácil lidar comigo - basta ser firme.
Mostre-me exatamente como quer que algo seja feito,
e depois de algumas lições,
eu o farei de maneira automática.
Sou o servo de todos os grande seres e também, infelizmente, de todos os fracassados.
Aos vitoriosos, eu os fiz vencer.
Aos fracassados, eu os fiz fracassar.

Não sou uma máquina, embora trabalhe com toda a precisão de uma máquina
e com a inteligência de um humano.
Você pode me usar para lucrar ou para se arruinar - não faz diferença para mim.

Use-me, treine-me, seja firme comigo
e eu colocarei o mundo a seu dispor.
Esmoreça comigo e eu o destruirei.

QUEM SOU EU?

Antes de dar a resposta, gostaria de convidá-los a uma profunda reflexão sobre esse texto. Leia-o com cuidado, saboreie-o e procure visualizá-lo. Quem / O que pode ser ele (a)?
O que será que está sempre conosco e pode ser razão do nosso sucesso ou da nossa ruina? O que será que está sempre às nossas ordens (nem sabíamos que éramos tão poderosos!)
O que será isso que pode colocar o mundo a nossos pés? E será que poderá nos ajudar na grande missão de sermos pessoas íntegras, fortes, corajosas, audazes? Será que poderá nos ajudar a sermos melhores pais? Será que poderá ajudar nossos filhos?

Posso responder que SIM! Na verdade quero convidá-los a ler esse texto com seus filhos, conversar com eles a respeito, fazer cópias, colar na geladeira e olhar para ele todos os dias. Tenham a certeza de que nele reside o segredo da eficácia.

Espero que o apreciem tanto quanto eu, quando o li no livro de Sean Covey sobre adolescentes.
Ah, e antes que me esqueça aí vai a resposta:


EU SOU O HÁBITO



quinta-feira, 9 de junho de 2011

A importância de estar com os filhos

             Como desejamos que nossos filhos sejam bem sucedidos! Queremos que sejam autoconfiantes, seguros de si, queremos que saibam lidar bem com as emoções, que sejam saudáveis e emocionalmente inteligentes. Desejamos que saibam trilhar seus próprios passos e que sejam capazes de fazer escolhas corretas e que ajam bem.

             Nada disso, no entanto, é possível sem conhecer o filho e sem passar um tempo suficiente com ele. A literatura aponta dois erros "pedagógicos" difundidos entre as famílias.

             O primeiro consiste em em considerar os filhos mais como objetos a serem moldados do que como pessoas. Neste caso o termo “educar” fica reduzido a “aperfeiçoar, endireitar, corrigir”. A educação assim entendida acentua a necessidade de tirar defeitos e evitar que adquira maus hábitos. É uma visão muito curta que não leva em consideração como o filho é, as suas potencialidades e habilidades.

            O outro erro seria o oposto: a supervalorização das capacidades inatas do filho e a crença de que não é necessário intervir, pois por fim o filho acabará por aprender por ele mesmo.

             É preciso ter objetivos claros em relação a cada filho a serem alcançados. Objetivos que estão adequados à sua personalidade e também de suas capacidades.

            Um conhecimento correto dos filhos toma como ponto de partida a sua personalidade, mais ainda, respeita a pessoa do filho sem abdicar das normas e objetivos que são válidos para todos naquela cultura familiar.

            Nesse sentido como a convivência é importante! Quanto aprendizado! Devemos estar próximos de nossos  filhos para poder identificar suas habilidades e potencialidades e ajudá-los a entender e lidar com suas limitações.

            Agora, um pequeno teste para mim e para você. Procure responder às perguntas abaixo, e depois, faça-as para seu filho. Veja o quanto você sabe dele. Espero que tenha uma grata surpresa; mas, se por um acaso, você ainda não sabe tanto do seu filho como achava que sabia, há um fim de semana pela frente: que tal assistir a TV com ele, sair para uma volta no parque, sugerir um jogo após o almoço de domingo ou alguma outra coisa que lhe passe pela cabeça? Crie esse hábito de estar junto, de ouvir com o coração. Você verá que num terreno bem regado, a semente cresce com mais força e vigor.

            Até a próxima postagem!

            Responda:

            Qual é a atividade favorita de seu filho no seu tempo livre?
            Qual é seu personagem favorito?
            Qual o desenho que ele mais gosta de assistir?
            Qual comida ele adora?
            Qual comida ele detesta?
            Do que ele tem medo?
            Qual é seu maior sonho?
            O que ele sabe fazer bem?
            O que ele acha difícil fazer?
            Que palavra ele gostaria de ouvir de você?


 

sábado, 14 de maio de 2011

       Como o tempo passa! Olhando na data do meu último blog vejo com admiração, e um certo desapontamento que já se passaram dois meses sem que houvesse postagem! No entanto essa pequena frustração desaparece ao perceber que nesse meio tempo houve viagens, aniversários em família, celebrações do dia das mães. Quantas momentos de estar junto! Realmente vivemos sempre muito atarefados mas é importante priorizar o tempo com a família. Esse tempo nunca é "perdido", mas é tempo "ganho". Uma vez li uma frase que dizia algo parecido com isso: "Quem não perde tempo com a família, perde a família com o tempo." E não é mesmo verdade? Quando percebemos na sociedade queixas quanto a insegurança, indisciplina, revoltas e outros males devemos nos perguntar se não é isso mesmo também que se está passando com as famílias. Se os pais não tem tempo "a perder" com os filhos, quem vai lhes dar atenção? Onde terão respostas para suas dúvidas e orientações para sua vida? Que vão fazer as crianças e adolescentes que não podem contar com seus pais ou familiares que estão sempre ocupados, cansados ou impacientes?
        E para estar com a família é preciso duas coisas: saber administrar o tempo - planejando com antecedência, organizando a agenda, e estabelecer prioridades. Se alguém não dispõe de um tempo por semana para estar com a família, então essa não é de fato sua prioridade. Devemos lembrar que nosso papel na família é definitivo. É nela que temos nosso papel permanente. Já trabalhei com meu pai, fui professora vários anos, hoje sou orientadora familiar, amanhã posso não ser mais... Agora, mãe, eu sempre serei. Jamais serei substituída! Já nos demos conta disso?  O nosso papel de mãe, de pai é indelegável. Não podemos confiar na sociedade para nos substituir e ensinar aos nossos filhos os princípios que regem a vida. Deve ser através de nós que  a nossa cultura familiar, os valores e princípios que marcam a nossa família devem ser passados para nossos filhos. Devemos exercer uma liderança positiva na nossa família. Nossos filhos dependem e precisam de nós.
        Dizia acima que devemos organizar a agenda. Pois bem, é muito importante que tenhamos um "tempo da família". Um momento no dia em que estamos juntos e vamos conversar sobre o nosso dia; onde contaremos para os demais membros o que aconteceu, o que nos surpreendeu, o que nos chateou. Uma refeição juntos, longe da TV pode nos garantir esse tempo tão especial.
        Depois, temos que fomentar tempo da família "um a um". É muito importante que a esposa e esposo passem um tempo a sós. Podem para isso, sair para jantar, para um café, para uma caminhada... E também é extremamente importante ter um tempo com cada filho. É nesse tempo que crescemos em intimidade e confiança. Esses tempos alimentam uma confidência  e protegem os filhos de outras influências que podem ser danosas. Se os nossos filhos não encontrarem apoio e confiança em nós, irão com certeza buscá-los em outro lugar. Nesses tempos juntos teremos ocasião de ensinar, de trocar idéias, resolver problemas, escutar o outro em suas necessidades, divertir-nos juntos.
      Realmente não postei nada em 60 dias! Mas ao organizar minha agenda incluindo nela os tempos da família e as necessidades de cada membro e vendo como tudo isso resultou tão positivo para todos, tive tempo de experimentar uma vez mais e relatar para todos vocês, leitores desse blog, que vale a pena colocar primeiro as pedras maiores no pote e depois preenchê-lo com as menores e finalmente com a areia. Assim todos os espaços ficam ordenadamente ocupados e conseguimos fazer muito mais coisas, dando a cada uma a importância que ela tem. Façam a experiência, priorizem o tempo com a família. Vale muito a pena. Vale toda a pena!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sobre filhos, felicidade e o sentido da vida.

           Já paramos para pensar no que significa o filho, os filhos, para nós? Uma alegria? Uma missão? Uma responsabilidade, quem sabe por vezes um pouco "pesada" até...
          No dicionário de português online, encontramos a definição de felicidade como o “estado de quem é feliz, ventura, bem estar”. Aurélio dá uma definição mais precisa: “estado de perfeita satisfação íntima.” Já a definição de alegria é “forte impressão de prazer causada pela posse de um bem real ou imaginário.” Ou seja, há uma diferença entre ambas: felicidade é um estado, alegria é uma impressão de prazer.
            Yepes diz que “felicidade significa para o homem plenitude, perfeição” e continua afirmando que a busca da felicidade é projeto vital para o ser humano e que para encontrá-la é necessária a “plenitude de desenvolvimento de todas as dimensões humanas.” Um dos elementos da felicidade consiste em “ter a quem amar e amá-lo efetivamente, até fazê-lo feliz”. Querer o bem do outro, fazê-lo feliz implica necessariamente em doação pessoal, ou citando Scott Peck: "estender-se até o outro, nutrir seu crescimento espiritual". Por sua vez, esta extensão implica em responsabilidade, missão, comprometimento. Não deveriam, então, os filhos ser vistos como muito mais do que uma simples “alegria” que causa prazer? Não deveriam ser vistos como uma missão, como uma tarefa que dá sentido ao futuro que precisa ser construído e cuja construção começa no presente? Será que a identificação da felicidade com bem-estar tem influenciado também a visão que os pais têm sobre o que são os filhos?  
              Compreenderemos melhor os filhos enquanto missão se também olharmos as coisas projetadas no futuro. Se atentarmos ao fato de que não estamos educando "as crianças", estamos na verdade educando "o homem", "a mulher" de amanhã  - pessoas que farão a diferença ou não, que passarão pelo mundo e deixarão um bom odor, ou pessoas cuja presença nesse mundo será como água que passa por cima das pedras - sem deixar rastro. Se pensarmos sobre isso, teremos um ideal pelo qual trabalhar todos os dias da nossa vida e consideraremos a educação de nossos filhos a maior missão da nossa existência.
 

terça-feira, 1 de março de 2011

Orientação familiar: preparando os pais para serem líderes

      Içami Tiba (2009, p.101) sugere a figura de um líder familiar - aquela "pessoa mais capacitada para fazer com que cada integrante da família sinta sua importância".  Ele segue dizendo que "os pais são candidatos naturais a líderes." O autor segue sugerindo características que esses pais devem ter: integridade, ética, coerência entre fala e ação, clareza de propósitos, motivação. Devem, além disso, ser inspiradores e encorajadores. Há também um ponto de extrema importância - esses pais devem possuir os necessários conhecimentos, competências e habilidades para este desempenho.

     Por partilhar dessa mesma visão proposta por Tiba, eu e minha colega, Gildete Gôngora, estamos com uma proposta para você: pai, mãe, o casal. Um programa de orientação familiar que consta de 4 palestras de 90 minutos cada sobre temas relacionados à educação dos filhos. Segue abaixo o folder em mídia eletrônica para que vocês possam apreciar melhor a nossa proposta e terem acesso às informações necessárias.

     Tenho recebido pessoalmente vários comentários de pessoas que têm gostado deste blog. Sei que os artigos aqui escritos têm contribuído para que pais bons sejam ainda melhores. Por isso mesmo acredito que um contato pessoal onde estejamos estudando a fundo os vários temas e os aplicando à vida familiar será um ótimo acréscimo a todos.

    Estamos à disposição para maiores esclarecimentos. Forme seu grupo e nos contacte. Oferecemos o curso no Instituto Cultural ou em outro lugar de sua preferência.

     Família é o melhor empreendimento das nossas vidas. Vale muito a pena investir tempo nela. Um forte abraço,

      Alessandra Peres e Gildete Gôngora









domingo, 20 de fevereiro de 2011

Qual a rota da minha família?

             Em uma família, é muito importante que todos andem na mesma direção. Fica muito mais fácil a convivência, a busca dos ideais e a realização pessoal se todos partilham o mesmo sistema de valores. É importante refletir como  cada membro da família a percebe. Covey (1999)  (p.132) sugere que as famílias escrevam uma declaração de missão familiar. Esta seria escrita com a contribuição de cada membro da família. Segundo Covey, a missão familiar é uma espécie de “bússola” que guia os membros em uma direção correta – aquela estabelecida pela família. Ele segue dizendo que as idéias, sugestões de cada membro da família são especialmente valiosas e que ao finalizá-la, o pensamento que a permeia é: “Esta é a nossa família. Nossa missão é esta. Acreditamos nela e assumimos o compromisso de viver de acordo com os seus princípios.” (p.128)

            Em seu livro Família de Alta Performance (2009), Içami Tiba lembra com palavras próprias, a sugestão feita por Covey e citada acima quando indaga “Qual a meta final da família?”. Tiba (p. 99) segue dizendo que queremos ter qualidade de vida e ser felizes (...). Queremos também realizar algo mais nobre como deixar o mundo melhor, fazer a diferença na civilização e desbravar o futuro.”  Seria muito bom que as famílias se perguntassem o que querem, aonde querem chegar, por que se constituíram e como podem se aperfeiçoar e ajudar cada um de seus membros  a se aperfeiçoar como pessoa, ser humano completo em todas as dimensões.

            Viktor Frankl, psiquiatra austríaco que esteve preso no campo de concentração de Auschwitz, desenvolveu aquela que tem sido chamada por diversos autores como a “Terceira Escola Vienense de Psicoterapia” aludindo às escolas de outros dois psicoterapeutas muito conceituados, Sigmund Freud e Alfred Adler. Diferentemente destes dois, Frankl (1991) fala da vontade de sentido e da busca do sentido da vida, apontando que  “a busca do indivíduo por um sentido é a motivação primária em sua vida.” (p. 92)

            Sob essa perspectiva Frankliana fica claro entender a necessidade de uma missão familiar sugerida por Covey ou ter uma meta como sugere Tiba: o ser humano deseja ter uma vida tanto quanto possível dotada de sentido.

            Que possamos refletir sobre esse assunto essa semana, partilhando-o com o cônjuge e com os filhos. Uma saída semanal com o cônjuge para conversar sobre o tema, enquanto se toma um chope gelado ou um espresso é uma boa opção: une-se o útil ao agradável. Uma reunião gostosa com os pequenos, conversando sobre o que eles mais gostam na família e o que gostariam que mudasse pode sinalizar muitas coisas. Dessa forma todos podem partilhar sua visão e criar uma visão comum que será como uma bússola que guiará toda a família na construção de uma vida familiar saudável e alegre.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Qual é o papel dos pais e mães na vida dos filhos?

              Gosto da resposta de Stephen Covey para essa pergunta pois imediatamente me incita a fazer um pequeno exame de consciência. Diz esse autor que "o papel dos pais é único, uma missão sagrada. Implica nutrir o potencial de um ser humano especial que foi colocado sob sua proteção." Outros autores, falando sobre o mesmo assunto, afirmam a importância de conhecer bem os filhos para dá-los uma educação adequada que implique em favorecer seu crescimento e ajudá-los a desenvolver o auto conhecimento que envolve o reconhecimento de suas potências e habilidades.

              Dentro desse papel insere-se, também, o compromisso de prover as necessidades materiais do filho, bem como a transmissão de valores, normas e critérios claros. É portanto extremamente importante que os pais tenham consciência de quais são os valores que eles vivem e desejam passar para seus filhos. Aí está descrito, então, o primeiro papel dos pais: o de educador. O educador cria competência consciente nos filhos. Os pais devem ter em mente que estão sempre educando seus filhos. Haverá tempos de família específicos para isso e haverá também aqueles momentos fortuitos quando surge uma oportunidade de ensino a partir de uma cena "fora do script" compartilhada com os filhos. O pai bom educador é aquele que sabe que há momentos de ensinar e momentos de ajudar e dar apoio.

             Outro papel desempenhado pelos pais é o de "organizador". Nesse papel, os pais organizam o tempo e a vida em família fomentando assim uma harmonia entre a sua estrutura e os valores nos quais acreditam e para os quais querem viver.

               O papel de mentor é aquele responsável pelo fomento de bom relacionamento, respeito e afeto entre os membros da família. Devemos lembrar que ao sentirem o amor incondicional dos pais, os filhos passarão a valorizarem-se.

               Finalmente, outro papel do pai/mãe é o de modelo. Cada filho vê no pai e na mãe aquilo que eles pregam, percebem a coerência entre o que falam e o que vivem e aprendem a confiar neles. Infelizmente, se não houver coerência entre o que se fala e o que se vive, pai/mãe não será um modelo confiável a ser seguido.

               Espero que esses 4 papéis, entre muitos outros que talvez você tenha pensado e que não estão aqui nessa postagem, possam nos dar margem a um detalhado exame de consciência e possam servir de inspiração para o nosso  desenvolvimento enquanto pais ao longo deste ano.




quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As viagens de Gulliver – uma ótima opção de diversão com as crianças nessas férias.


A versão moderna da história que dá nome ao livro de Johnatan Swift e ao filme estrelando Jack Black é uma ótima opção de diversão com as crianças nessas férias.

Lemuel Gulliver é o garoto da expedição do New York Tribune e, além de não estar contente com essa posição, não acredita que seja capaz de fazer nada melhor. Vai perdendo o seu tempo com superficialidades, não realiza seu trabalho com esmero e mata o tempo jogando videogame.

Mas, uma viagem dele para desvendar o mistério do Triângulo das Bermudas acaba ensinando-o várias lições.

Uma tempestade seguida por um naufrágio o faz acabar em Lilliput onde ele salva os lilliputianos e o rei de um incêndio que o faz ser o herói do país. Isso faz ele ver que é capaz de fazer coisas importantes. Depois disso, ainda procurando ser prestativo – salva os lilliputianos de um ataque do país vizinho, o que atrai maior admiração e atenção sobre sua pessoa fazendo com que tenha vários caprichos satisfeitos.

No entanto, o sucesso entre os pequeninos sobe à cabeça e aí ele transforma a cidade toda em uma cópia de New York com sua imagem estampada por todos os lados. Começa a deixar de lado a humildade, a prudência e a diligência; inventa histórias onde ele é sempre o herói, o bem sucedido. Gulliver está muito preocupado com a auto imagem para perceber que o inimigo estava se armando e muito próximo dele.

As conseqüências dessa forma de agir não tardam a vir e Gulliver aprende que não é preciso mentir sobre quem é ou o que faz para se sentir importante. O importante é agir como se deve agir - com sinceridade,coragem, ousadia, determinação e principalmente lealdade.

Vale a pena prestar atenção ao filme e depois convidar o filho para um suco ou um sorvete e conversar um pouco sobre as lições presentes nesse filme que são tão necessárias no mundo de hoje.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Família, Filhos e Cia: Viva 2011

Família, Filhos e Cia: Viva 2011: "Viva 2011! Depois de mais de um mês sem postagens novas, estamos voltando! Logo após a última postagem, as férias das crianças começaram e v..."

Viva 2011

Viva 2011! Depois de mais de um mês sem postagens novas, estamos voltando! Logo após a última postagem, as férias das crianças começaram e várias celebrações coloriram o mês de Dezembro – formaturas, confraternizações, Natal e Ano Novo – de tal forma que o tempo passou sem eu me dar conta. E o começo do mês de Janeiro trouxe consigo um período de descanso fora da cidade: uma praia com a família – que delícia!

De volta à cidade a vida vai voltando ao normal, mesmo que as crianças ainda estejam de férias e aí começa um novo trabalho: organizar o tempo livre dos filhos! Sim, porque férias não é sinônimo de ociosidade. É tempo de descansar fazendo coisas diferentes, coisas para as quais não se tem muito tempo no período das aulas.

E aí vão algumas dicas que podem deixar as crianças ocupadas e sentindo-se importantes ao poderem contribuir para o bem estar da família. Melhor ainda se essas atividades forem partilhadas.

1)      Organizar armários, gavetas, quartos - que ótima oportunidade para fomentar vários hábitos positivos em nossos filhos: a ordem, a diligência, a fortaleza (é preciso dela para combater a preguiça de fazer uma arrumação!), a generosidade – afinal sempre há alguma peça de roupa, calçado, acessório ou brinquedo para ser doado.

2)      Lavar o carro, a calçada, o quintal – que delícia fazer isso nesse tempo de verão!

3)      Fazer aquela receita de bolo ou biscoitos que nunca dá tempo em época de aula! Que gostoso ver a cara de alegria das crianças ao descobrirem que podem comer pão de queijo - igualzinho ao congelado – feito por suas próprias mãozinhas...

4)      Sempre existem pequenos consertos que podem ser feitos em família: enquanto a mãe costura um furinho na camiseta preferida do filho, a filha prega o botão que está faltando na saia, o filho conserta com cola e prego o porta-retrato que caiu no chão... Enfim, só alguns exemplos para ilustrar e vocês entenderem o que estou falando!

5)      Há ainda várias atividades recreativas que devem ser fomentadas nas férias: idas ao cinema, passeios pelo parque, jogos de bola, jogos de tabuleiro – cada uma desenvolvendo um aspecto do ser: cultural, físico, mental, social.

6)      Podemos ainda fazer uma tarde de cinema em casa! Alugue um filme bem legal, os filhos convidam os amigos, faça uma pipoca e  todos se divertem. Atenção mamãe/papai, o legal é um adulto poder ficar junto assistindo ao filme e ajudar a gerar uma saudável e enriquecedora discussão sobre o tema depois!

7)      Os filhos podem ainda chamar seus amigos para um “Buffet de sorvetes” em casa! É fácil especialmente porque as casas especializadas em doces vendem todos aqueles ingredientes que se colocam no sorvete e  fazem a alegria da criançada: pode-se combinar de cada participante trazer uma coisa: o sorvete, a calda, o granulado, o confete, o tubete... enfim, o que a criatividade decidir!

8)      E ainda há espaço para as artes!!! Que criança não gosta de criar? Então, deixe um espaço para as sucatas, as tintas, os papéis coloridos, pincéis e cola e deixe a criatividade das crianças trabalhar! Melhor ainda, trabalhe a sua com eles também!

9)      Podemos ainda fomentar a solidariedade em nossos filhos: que tal uma visita a um asilo ou a um orfanato? Que alegria sentimos quando somos úteis e levamos alegria aos outros!


Então, Viva 2011 nos dois sentidos: “seja bem vindo, 2011” e vamos vivê-lo intensamente na companhia da nossa amada família!