Família

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Qual a rota da minha família?

             Em uma família, é muito importante que todos andem na mesma direção. Fica muito mais fácil a convivência, a busca dos ideais e a realização pessoal se todos partilham o mesmo sistema de valores. É importante refletir como  cada membro da família a percebe. Covey (1999)  (p.132) sugere que as famílias escrevam uma declaração de missão familiar. Esta seria escrita com a contribuição de cada membro da família. Segundo Covey, a missão familiar é uma espécie de “bússola” que guia os membros em uma direção correta – aquela estabelecida pela família. Ele segue dizendo que as idéias, sugestões de cada membro da família são especialmente valiosas e que ao finalizá-la, o pensamento que a permeia é: “Esta é a nossa família. Nossa missão é esta. Acreditamos nela e assumimos o compromisso de viver de acordo com os seus princípios.” (p.128)

            Em seu livro Família de Alta Performance (2009), Içami Tiba lembra com palavras próprias, a sugestão feita por Covey e citada acima quando indaga “Qual a meta final da família?”. Tiba (p. 99) segue dizendo que queremos ter qualidade de vida e ser felizes (...). Queremos também realizar algo mais nobre como deixar o mundo melhor, fazer a diferença na civilização e desbravar o futuro.”  Seria muito bom que as famílias se perguntassem o que querem, aonde querem chegar, por que se constituíram e como podem se aperfeiçoar e ajudar cada um de seus membros  a se aperfeiçoar como pessoa, ser humano completo em todas as dimensões.

            Viktor Frankl, psiquiatra austríaco que esteve preso no campo de concentração de Auschwitz, desenvolveu aquela que tem sido chamada por diversos autores como a “Terceira Escola Vienense de Psicoterapia” aludindo às escolas de outros dois psicoterapeutas muito conceituados, Sigmund Freud e Alfred Adler. Diferentemente destes dois, Frankl (1991) fala da vontade de sentido e da busca do sentido da vida, apontando que  “a busca do indivíduo por um sentido é a motivação primária em sua vida.” (p. 92)

            Sob essa perspectiva Frankliana fica claro entender a necessidade de uma missão familiar sugerida por Covey ou ter uma meta como sugere Tiba: o ser humano deseja ter uma vida tanto quanto possível dotada de sentido.

            Que possamos refletir sobre esse assunto essa semana, partilhando-o com o cônjuge e com os filhos. Uma saída semanal com o cônjuge para conversar sobre o tema, enquanto se toma um chope gelado ou um espresso é uma boa opção: une-se o útil ao agradável. Uma reunião gostosa com os pequenos, conversando sobre o que eles mais gostam na família e o que gostariam que mudasse pode sinalizar muitas coisas. Dessa forma todos podem partilhar sua visão e criar uma visão comum que será como uma bússola que guiará toda a família na construção de uma vida familiar saudável e alegre.


2 comentários:

  1. Gostei Alessandra. É muito importante que todos na família saibam onde querem chegar e ter metas coletivas para a família, também, é muito importante. Saber quais os objetivos de vida de cada membro,também ajuda os pais na orientação dos seus filhos, senão corremos o risco de planejarmos coisas que não estão nos planos dos demais membros da família. bjs

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