Família

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Obedecer está fora de moda?


Queridos,

            Depois de muitos meses fora do ar, estamos de volta com o blog! E agora fazendo link com o Navegantes, um Centro de Educação Infantil de Educação Personalizada – da família para a família. O trabalho no Navegantes tem sido intenso e por isso o blog ficou “desativado” durante algum tempo. Mas agora estamos voltando com o mesmo entusiasmo e desejo por uma educação familiar que enriqueça todos os seus membros e faça a diferença na sociedade.

            O tema que pensei escrever sobre esse mês é a “obediência”. Algumas situações na escola e em casa têm me feito refletir bastante sobre a mesma.

            Isaacs define uma pessoa obediente como alguém que: “aceita como próprias as indicações que vêm de alguém que expressa autoridade – pais, professores, etc”.

            Hoje em dia, a sociedade tem certa dificuldade de encarar o termo sem preconceito. Parece que ser obediente está “fora de moda”. Penso ser assim porque o termo não é bem entendido. Devemos perceber que a obediência é parte da justiça. A definição clássica de justiça é: “dar a alguém aquilo que lhe é devido”; portanto, uma criança desobediente não está sendo justa nem com os pais, nem com a escola. Um empregado que não faz o que a empresa espera que ele faça não é obediente e tampouco é justo com seu empregador.

 
            Mas a obediência deve ser inteligente. Estamos no tempo de grandes progressos e avanços em todas as áreas e isso é fantástico! Hoje os pais não educam mais somente “com um olhar”. Felizmente também já passamos a fase do autoritarismo (faça porque eu estou mandando). Por outro lado, vivemos uma crise de autoridade e somos muito permissivos e ainda acreditamos que não precisamos nos preparar para sermos bons pais e mães.

             Bem, as crianças vão aceitar como próprias as indicações feitas por pais e professores se as mesmas forem coerentes e seguras. Portanto, devemos sim ter argumentos para todas as indicações que fazemos para as crianças. E aqui se fazem necessárias aquelas perguntas fundamentais na educação dos filhos: “O que é importante para a minha família”? “Quais são os princípios que a norteiam”? E as mesmas perguntas podem e devem ser feitas pelas várias instituições de ensino. “Porque sim” não é nem nunca foi resposta convincente.

            Devemos ter cuidado para não relegar a obediência a uma mera “regra de convivência”. Cuidemos para não querer que os filhos nos obedeçam para que fiquemos bem diante da tia, da sogra ou da sociedade. Lembremos novamente que a obediência é parte integrante da justiça.  

             Diálogo, convivência diária são ingredientes chave para forjar em nossos filhos (e alunos) essa virtude e para prepará-los a serem obedientes no futuro aos princípios e valores que nortearão a sua própria vida. Em outras palavras, a obediência que esperamos de nossos filhos quando forem maiores, será resultado de uma atitude bem pensada e consciente.

            Nesse sentido eles estarão preparados para serem comprometidos com aquilo em que acreditam e nisso pautarão sua vida e suas atitudes.

           

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