Família

domingo, 14 de agosto de 2011

Van Gogh, flores e educação...

Sempre me encantaram os quadros de Van Gogh: a escolha de cores, as pinceladas marcadas, a simplicidade da cena, a riqueza dos detalhes... Uma de suas pinturas que mais me agrada é essa ilustrada nesse blog!
Irises me faz pensar em pais, filhos, família, educação.
O contraste e ao mesmo tempo a harmonia das cores me ensinam que a vida em família é contrastante: há modos diferentes de ser, de ver o mundo, de senti-lo; no entanto esse contraste não choca, mas deve ser harmônico: tocamos aqui o aspecto da complementaridade, da flexibilidade, do respeito, do ver o mundo com os olhos do outro.Assim devem ser os pais: carinhosos, porém, firmes; entendendo a diferença que existe entre "autoridade" e "autoritarismo". Os pais não devem transigir com o erro, mas devem ser suporte para os filhos e devem criar oportunidades concretas para que os filhos possam, de acordo com cada fase da sua existência, exercitar sua autonomia.
As diferentes formas e cores das flores soam como um alerta de que os filhos não são iguais, e, por isso mesmo, devem ser criados de forma diversa. A cultura familiar é a mesma, as convicções permanecem, mas a forma de educar cada um deve se adequar ao temperamento, à própria história de cada filho.
Finalmente, a flor branca... Apesar de alguns interpretarem a flor branca que aparece sozinha no quadro como que remetendo à solidão do pintor, na nossa reflexão de hoje fica uma sugestão muito mais otimista: CADA FILHO É UM SER ÚNICO, e assim deve ser visto pelos pais; quer você tenha 2, 5, 8, 10  filhos, ele é único: não é você,  não é o irmão, nem o amiguinho, ou o filho da vizinha... é seu, nascido na sua família, dento da sua cultura familiar com suas crenças, valores e exemplos, mas ele também tem seu próprio temperamento, forma de agir e reagir, de observar a realidade. Assim, o relacionamento que deve brotar é pessoal, um a um. Insisto na idéia de que a educação deve ser personalizada. O que dá certo para um filho, não dá para outro; a forma como se corrige um com bastante eficácia, pode ser totalmente ineficaz para outro.
Irises me ensinou bastante: me ensinou, por exemplo, que a felicidade está em olhar cada membro da família como único, em observar suas necessidades e dons; me ensinou que a beleza e a riqueza estão nas diferenças e que a diversidade, quando bem trabalhada, resulta em uma obra de arte maravilhosa.

Aproveitando a oportunidade, desejo a todos os "papais" um dia muito feliz e que aproveitem para admirar a grande obra que está bem diante de seus olhos: A SUA FAMÍLIA!